O que podemos aprender com Han van Meegeren?

otavio publicou em 15/08, 03:48 hs , e editou pela última vez há mais de 10 anos atrás.

Há alguns anos, talvez 5, li um livro muito interessante chamado Eu fui Vermeer. A fantástica e real história de Han van Meegeren, que faturou até o final da 2ª guerra mundial us$50 milhões criando falsificações de quadro do pintor holandês Johannes Vermeer. Um resumo dela pode ser visto nesse vídeo.

O julgamento de Van Meegeren

Bom, o que essa história tem a ver com tecnologia? Nada. Mas tem a ver com inovação. E com marketing, produtos, com certeza.

Releia a história de van Meegeren trocando um artista por um executivo, e você vai ver alguém buscando por um posicionamento de mercado para seu produto. Ele era um excelente pintor, mas seu estilo não fazia sucesso quando comparado a um contemporâneo como Picasso.

Você vai ver ele entendendo quais nichos de mercado não eram ocupados. Os críticos de arte especializados em Vermeer, que foi um artista obscuro, acreditavam que um dia poderia aparecer um Vermeer com foco religioso.

E vai ver estudo em busca de inovação verdadeira. Seu sucesso só foi possível pelo uso de derivados de petróleo na tinta, fazendo com que, ao ir para o forno, a pintura craquelasse e não fosse dissolvida ao usar algodão embebido em álcool (teste comum contra falsários na época). Essa sim, foi sua inovação disruptiva no mundo das falsificações.

Nada tão diferente do que fez o Google líder de busca. O Google não foi o primeiro, mas buscou fazer melhor em um mercado carente e mal atendido. E quando ele entregou resultado, inovação, o público foi atrás.

Eu tenho um espírito van Meegeren (por mais que não consiga repetir o nome dele nunca). Entender e estudar padrões que, implementados, possam gerar resultados para a empresa. Busca pela inovação que possa ser disruptiva, mesmo que apenas para o produto/projeto que estou trabalhando.

Muitas vezes a inovação pode se dar fora da vista do cliente. Investimento em testes, processamento assíncrono e map&reduce, por exemplo, geram resultados em qualidade, velocidade ou no volume de informações processadas e disponíveis.

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