Primeiros dias usando o NAS (storage) DNS-320 da D-Link

otavio publicou em 10/10, 03:00 hs , e editou pela última vez há mais de 12 anos atrás.

Recentemente comprei um storage (em muitos lugares chamado apenas de N.A.S.) para minha casa. Estava cansado de manter um servidor para tudo e o pior, de ter a obrigação de configurar RAID para o meu servidor a cada atualização do Ubuntu.

Optei pelo NAS da D-Link. O modelo DNS-320. Entre os modelos no Brasil, era o mais interessante em termos de custo/benefício. Nesse ponto um cuidado. Comprei um storage completo mesmo. Daqueles que vem com baias para encaixar HDs. O objetivo é manter os arquivos lá, não deixar ele como um mero lugar para backup de dados. No mercado existem vários que já vem com o HD. Desses, alguns fazem até RAID 1, que significa copiar os dados (espelhamento) entre dois discos, mas todos os que achei, possuíam apenas 1 HD que poderia ter 2 partições e, daí, espelhar.

Isso gera alguns problemas. O primeiro é que, a longo prazo você vai querer trocar o HD. O outro é que o limite já vem definido para você. Hoje 1 Tera é barato, amanhã será o de 2 Tera e por aí vai. E seu storage ficará parado no tempo. Pode ser frescura, mas para mim isso era importante.

Vamos ao que interessa. O primeiro teste que fiz foi colocar 2 HDs de 1 Tera em RAID 1. Em seguida copiei 1 Gb de dados para ele. Com ele ligado e acessando o disco, tirei 1 dos HDs (na mara mesmo). Ele rapidamente detectou que a partição havia degradado. Bom sinal. Depois, com apenas 1 disco no storage, copiei 350Mb de dados para outras pastas, apaguei dados que já tinha enviado.

Em seguida desliguei o NAS (porque ele não tem a função de troca de discos hot, mas isso não é um problema para um equipamento para casa). E coloquei o HD de volta. Religuei o equipamento e ele viu que o haviam 2 HDs novamente e peguntou se poderia restaurar a partição degradada. Ao dizer que sim, ele demorou quase 3 horas para restaurar os 2 HDs. Mas não perdeu nenhum dado. Isso era essencial para confiar no equipamento.

Tela de particionamento RAID do Share Center D-Link DNS-320

O próximo teste era de velocidade. Nesse quesito, ele é ok. Os resultados estão abaixo em megabytes (MBps), não em megabits por segundo (Mbps):

  • 7 MB/segundo rede física
  • 2 MB/segundo rede wireless

Para efeito de comparação, uma rede de 100Mbps permite trafegar 12MB/segundo.

Ou seja, copia 900MB em 7,5 minutos via wireless
e algo em torno de 2 minutos e 10 segundo na rede física.

Ou seja, foi uma boa opção. O custo total (NAS + 2 HDs de 1 Tera) de R$580,00 eu considero bem baixo. Além disso, o design dele é bonito, o processador de 800Mhz não deixa ele lento e, como você pode ver nos screenshots abaixo, possui uma interface gráfica bonita.

Tela do Share Center D-Link DNS-320

Outro ganho que tivemos é que eu queria centralizar minha biblioteca de músicas para ouvir no notebook do trabalho (Ubuntu), no notebook de casa (Windows Vista ou Ubuntu), no netbook da minha esposa (WinXP) ou em um dos ipod touchs que temos (iOS). E para isso, estamos agora usando um DAAP Server (iTunes server) que já vem no DNS-320. Funciona bem out-of-the-box como dizem os americanos. É escolher o diretório de compartilhamento de músicas, definir se tem senha ou não e pronto. Nos Windows usamos o iTunes para acessar, no Ubuntu o Banshee e no iPod Touch o Simple DAAP Client. Bem útil.

Além disso possui recursos como servidor ftp e de torrents (não usei nem devo usar ambos, mas é interessante ter), possibilidade de usar NFS como protocolo de rede e controle de acesso que permite a criação de diretórios que podem ter acessos com diferentes níveis por usuários e grupos que você cadastra de forma simples.

if(typeof jQuery == 'undefined'){ document.write("